sexta-feira, 9 de julho de 2010

DESABAFO


Ontem, enquanto falava com meu melhor amigo, comecei uma reflexão; que me inquietou. E hoje, ainda penso nela.
Guilherme, meu melhor amigo, é uma pessoa que me desperta os mais nobres sentimentos, e uma vontade de viver e de realizar imensa. Não sei como explicar. É mais forte que eu. Me sinto mais eu, quando estou com ele! E ele me fez trazer a tona alguns sentimentos, que me preocupam desde nossa última conversa. Ao falar sobre nossos futuros, os sonhos que construímos juntos, e que tem se realizado, deparei-me com o que eu penso para meu futuro. Não sou uma daquelas pessoas de ficar planejando, e ultimamente tenho deixado as coisas acontecerem naturalmente. Já faz algum tempo que nada me deixa super anciosa, animada, ou algo assim.. eu deixo as coisas acontecerem. A única coisa que realmente me transforma é o trabalho. E é nele, é realizando que tenho maior prazer. Quando concluo alguma coisa e digo “fui eu que fiz” aí sim, me sinto feliz. Fora isso? Fora isso... me contento com o resto. E foi quando pensava sobre o futuro, que vi que meus planos são resumidos. E na verdade egoístas, sem graça. Na realidade, não são planos.. é a forma como me vejo futuramente... me vejo trabalhando.. trabalhando que digo, é literalmente trabalhando, estudando, criando.. não apenas reproduzindo! E pra dizer que não penso literalmente em mais nada, me vejo viajando! Sim, eu sei que o mundo é meu! E vou desvendá-lo! Mas ao pensar nisso, vi que não fazem parte dos meus sonhos, as pessoas, sim, não vejo pessoas. Não consigo encontrá-las comigo. E quando falo nisso, falo porque pensei, e com quem vou compartilhar o que vou viver? Com quem vou compartilhar os prazeres que vou sentir?  Sei que devo me autorealizar. Sem precisar de ninguém. Mas isso me fez sofrer, tentei imaginar quais pessoas gostaria de ter ao meu lado. Sei que sempre vou ter meus pais, meu irmão.. mas eles não poderão viver minha vida, não poderão estar a meu dispor para minha rotina... não sei como descrever o que senti. Mas soube naquele momento, que ninguém, nunca, vai conseguir me acompanhar. Eu sou muito eu... mto carente ao mesmo tempo que muito exigente e por isso, muito centrada em mim mesma. Sei lá, precisava desabafar!

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